Árvores bombeiras
Já o meu avô sabia que árvores e condições florestais melhor se opunham à propagação dos incêndios. Sabia o meu avô, como todos na aldeia sabiam e por toda a serra.
Veio a hipótese de lucro com o eucalipto e a maior parte das gentes da floresta decidiu arriscar para ganhar um pouco com as novas espécies que faziam perigar a floresta e as povoações para ganhar alguns tostões e dar milhões a ganhar aos tubarões da madeira e do papel.
Como tantas vezes acontece, a descoberta da evidência ancestral por uns investigadores que devem estar a ser bem pagos para isso, é notícia ver aqui. E vale pela notícia, pelo barulho, porque nada mudará, ou já teria mudado, pois o meu avô, se fosse vivo, já teria mais de 100 anos.
Continuar-se-ão a plantar árvores que ardem como palha, pela estupidez, ignorância e ganância de alguns, e os homens cinzentos das multinacionais, das celuloses, dos governos, das finanças continuarão a encher as suas casas à custa dos desgraçados.