Será o Português Lixo Cultural Imaterial da Humanidade?
Testamento de D. Afonso II, o mais antigo documento escrito em português, guardado na Torre do Tombo
Em Portugal existem 15 sítios classificados como Património da Humanidade. Somos o 17º país do mundo com maior número de sítios com esta classificação.
A ONU, através da UNESCO criou esta classificação quando a construção da barragem de Assuão, no Egipto, ameaçava afundar e destruir importantes templos do Antigo Egipto. Os templos de Abu Simbel e de Philae foram desmontados e novamente montados, pedra a pedra, numa região mais elevada, a barragem foi construída, mas o património foi salvo.
Para além deste tipo de património, a UNESCO criou em 1997 uma lista de Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Em Portugal foram reconhecidos como Património Imaterial da Humanidade as seguintes obras de arte:
- Arte Chocalheira
- Cante Alentejano
- Fado (de Lisboa)
A Arte da Falcoaria Portuguesa também é uma das artes integradas nesta lista, juntamente com as de Falcoaria de outros países.
Património Imaterial da Humanidade?
Que significado poderemos atribuir a esta expressão? E olhando para as integrantes desta lista em todo o mundo, expressões musicais, poéticas, teatrais, que podemos reflectir como portugueses e como cidadãos do mundo?
Que em Portugal, para os sucessivos governos desde há umas poucas décadas, são expressões da nossa cultura a Arte da Falcoaria, a Arte Chocalheira, o Cante Alentejano, o Fado de Lisboa, e as mais obras de arte que forem submetidas à apreciação da UNESCO e aprovadas.
Um sítio ou uma obra de arte classificado fica sujeito a determinadas regras, do respeito pelas quais fica a depender a manutenção da classificação.
Todos sabemos que há zonas naturais protegidas, monumentos protegidos, em especial este de importância mundial, artes, como o Fado.
Espanta saber que a Língua Portuguesa merece menos respeito aos nossos governantes que estas expressões de arte. Fado ou Cante Alentejano cantados numa língua que não seja a portuguesa?
Os governantes de Portugal decidiram a prostituição da Língua Portuguesa. Os governantes portuguesas portam-se como proxenetas que desde há décadas arrastam a língua portuguesa pelos bordéis do comércio livreiro e outro, violam as crianças e os jovens da sociedade na sua inocência linguística, obrigando-os a participar desta rede de prostituição que abusa e viola os direitos mais elementares das gentes lusíadas.
Uma língua evolui, como uma pessoa cresce e amadurece. As formas anatómicas das meninas e dos rapazes são a prova de que existem, de que estão vivos, e todos queremos que amadureçam e sejam felizes. Também a língua de um povo, a Língua Portuguesa.
Quem se aproveita de uma menina ou de um rapaz para seu proveito, usando-o como se já tivesse amadurecido, antes de amadurecer, denomina-se pedófilo.
Os governantes portugueses que querem impor um amadurecimento da língua portuguesa que não condiz com a Natureza, não passam de proxenetas e pedófilos. Não são gente de bem. São comerciantes que procuram os seus interesses contra-natura. É preciso que todos tenhamos consciência disto e nos comportemos como pessoas de bem. Não viremos a cara para o lado quando ao nosso lado alguém afirma que mais importante que a Língua Portuguesa é o fado.
Ó Amália!
Ó Pessoa!
Ó Luís Vaz!
Ó Rei Poeta!
Não tereis de vos enojar se nós, vossos herdeiros, soubermos proteger o património que nos foi legado.
Orlando de Carvalho