Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2017, pela madrugada deflagrou um incêndio em instalações fabris, em Setúbal. Eu soube desse acontecimento pelas notícias da manhã, em que também informavam que as populações estavam a ser aconselhadas a recolher-se dentro das suas casas, com as janelas fechadas e calafetadas para se protegerem dos imensos fumos perigosos que estavam a desprender-se.
Eu percebi de imediato o logro que isto implicava. Se o fumo é perigoso, as pessoas são aconselhadas a isolar-se, no meio do fumo e à mercê de todas as infiltrações possíveis?
Depois vieram os encerramentos das escolas, mas as notícias continuavam a falar em as populações se protegerem, fechando-se nas suas casas.
Finalmente começaram os internamentos por intoxicação por fumos.
As mazelas que ficarem… daqui a algum tempo, quem vai conseguir provar que são consequência desta brincadeira.
O procedimento normal seria as pessoas terem sido aconselhadas a abandonarem as suas casas, ficando a vigilância a cargo das forças policiais. Para quem não tivesse alternativa para se instalar, seria accionado o seguro da empresa onde deflagrou o fogo, e as pessoas seriam instaladas, inclusivamente em hotéis, se necessário.
Quem defende os mais fracos, os que estão no fim da cadeia social? Parece que ninguém.
A Protecção Civil é tão útil como se constatou. Nestas situações mais parece uma das muitas esponjas de dinheiro. Quem foi incompetente? Vários. Quem ganhou? Para já a seguradora ou a empresa se não possuía seguro adequado.