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As pessoas são melhores se descobrirmos o que nelas há de melhor. A sociedade torne-se melhor se as pessoas forem niveladas por cima.

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As pessoas são melhores se descobrirmos o que nelas há de melhor. A sociedade torne-se melhor se as pessoas forem niveladas por cima.

Neorracismo

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No livro da quarta classe estava bem explicada a diferença entre as quatro principais raças humanas: amarelos, brancos, pretos e vermelhos. Explicada e ilustrada com desenhos dos rostos. Memorizei a principal característica, ou a que me pareceu principal: a inteligência. Textualmente lia-se que os amarelos eram os mais inteligentes, seguidos dos brancos e que os pretos eram os menos inteligentes. Provavelmente até existiam estudos que pudessem servir de base à afirmação. A qualidade e seriedade dos mesmos contesto hoje. Mas achei bastante interessante esta classificação, eu gosto muito de sistematizações, que certamente influenciou a minha maneira de pensar e a de tantos portugueses.

Enquanto eu aprendia isto na escola, tantos pretos eram humilhados, torturados e mortos nos Estados Unidos! Foi longo o caminho percorrido até um preto se sentar no primeiro lugar da sala oval. E ninguém tentou sequer provar que se tratou de um presidente mais estúpido que os anteriores.

A atitude racista e discriminatória das pessoas, umas contra as outras, nunca terminará. Somos diferentes e é natural que exista empatia pelos mais próximos, na língua, na cor da pele, ou, pelo contrário, antipatia.

A legislação que proíbe as raças e tenta impor às pessoas o que não é natural não ajuda em nada este sentimento básico, antes o estimula e orienta as pessoas para a mentira.

Uns somos brancos (os albinos?) outros pretos, a maior parte estamos entre a cor creme, ou castanho-rosa muito claro, e o castanho quase negro. Disparate é recriminar a constatação disso. A polícia e a imprensa não devem ou não podem dizer a cor da pele da pessoa que está a ser perseguida por um crime. As estatísticas devem ignorar a cor da pele ou a raça das pessoas. Os brancos apenas são brancos, os pretos apenas são pretos, os ciganos apenas são ciganos, aos olhos da lei, para fins médicos. Porque as raças existem mesmo e a lei reconhece-o e está cientificamente provado que há medicamentos e doenças que actuam de modo diferente em chineses e europeus.

Com excepção da elevada estatura, olhos azuis, cabelos louros, pele muito clara, as características da raça que habita o norte da Europa, atribuir a alguém indicadores de outra raça parece pejorativo. Isto sim é racismo.

A igualdade necessária entre homens e mulheres não está no facto de ocultar as diferenças, mas em considerá-las naturais, necessárias e úteis para ambos os sexos. O mesmo deve ser observado em relação às raças.

Junto da ONU, os ciganos conseguiram que a sua denominação oficial fosse aceita como: um Rom, uma Rommi, os Roma.

A imprensa deixou de se referir a ciganos e passou a designá-los por pessoas de etnia cigana. Mas a imprensa francesa foi mais longe e apenas lhes chama “gents du voyage”, isto é, gentes da viagem ou viajantes. Acham humilhante chamar ciganos aos ciganos. Mas os ciganos denominam-se a si mesmos por ciganos e identificam-se como tal.

Pode alguém renunciar a si mesmo, ao seu povo, à sua árvore genealógica? Não para não estar conectado com algum criminoso, mas por causa da cor da pele? Não nos parece. Não é por ser preta que uma pessoa é mais inteligente ou mais estúpida. E a inteligência parece estar equitativamente distribuída pelas raças e pelos sexos. As diferenças intelectuais e emotivas devem ser consideradas elementos enriquecedores e não demolidores.

O neorracismo é esta tendência macabra para ignorar as diferentes raças, como se fosse vergonha pertencer a um grupo rácico, a uma etnia, e fingir que todos temos a pele da mesma cor, criando estigmas, ilusões e uma nova forma de racismo.

Graças a Deus somos homens e mulheres, somos pretos, brancos, amarelos, vermelhos e uma infinidade de zonas intermédias, somos gordos e magros, altos e baixos, somos diferentes e filhos do mesmo Deus.

Créditos da imagem: Revista Audácia

Eleições autárquicas – guia para votar

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 Quanta fruta podre se senta em cadeirões

nos salões nobres a presidir!

 

 

Falta menos de um ano para as eleições autárquicas. Muitos portugueses sentir-se-ão à americana: ter que escolher entre um candidato que sabem que é mau e outro que sabem que não serve. E todos os dias escutarem todas as dignidades e individualidades e a comunicação social e os políticos a acusarem quem não vota de ser responsável pelo estado do país. Não gostam? Tivessem saído de casa e ido votar, acusam. Como se em 60% de abstenção valesse algo um voto a mais ou a menos! Muitos não votam, são aliás a maioria, mas a maior parte destes tem vergonha de o assumir, tem medo de ser acusado de falta de civismo.

Algumas indicações muito úteis para avaliar um candidato a autarca, especialmente se já for repetente e puder ser avaliado com base no que fez.

O autarca sem ideias além de gastar o dinheiro que não lhe pertence é um dos mais perigosos praticantes da actividade política. São aqueles que fecham estradas onde os anteriores abriram e abrem onde eles fecharam; trocam os sentidos às ruas dando um elevado contributo para confundir a atrasar quem tem de se deslocar para trabalhar e não dispõe de um carro pago pelo Estado, isto é, por nós, com lugar reservado à porta do local de trabalho, que neste caso concreto será o portão principal da câmara municipal e sem pagar parquímetro. Estes espécimes também costumam alargar uns passeios para peões, reduzindo as faixas de rodagem para veículos e noutros locais aumentando as vias para carros e estreitando as dos peões: tudo apenas para fingir que deixam obra feita, uma vez que a cabecinha não dá para outras ideias mais úteis à comunidade.

Cuidado com os alcaguetes que tentam explorar os fregueses e os contribuintes.

Há os apaixonados pelos motores que trocam os carros todos da autarquia sempre que podem. Seguem a máxima que parece ter sido instituída pelo deputado Francisco Assis que se interrogaria:

- Qualquer dia querem que o presidente do Grupo Parlamentar ande de Clio quando se desloca em funções oficiais.

Quando for votar, o cidadão não se pode esquecer de saber antecipadamente se o concorrente pretende gastar o dinheiro do cidadão em carros do género dos que têm muitos presidentes de câmara que, se se deslocassem num Clio, certamente cairiam no ridículo e arrastariam para a lama as terras que representam.

É preciso pensar também que quando um presidente de câmara troca os carros da autarquia, ainda seminovos, está a dar lucro às fábricas de automóveis – no estrangeiro – em vez de dar trabalho às oficinas que em Portugal empregam portugueses.

Uma questão a ter em conta é a necessidade absoluta de saber se vai perder o seu tempo a votar em alguém para governar a autarquia ou se está apenas a fazer figura de parvo para colocar um degrau a alguém que, após a eleição se borrifa para os eleitores e marcha para voos mais altos como ministro ou administrador de alguma empresa que o queira premiar pela sua dedicação.

Outro factor de avaliação é a exequibilidade do que o candidato afirma e propõe. Quem não tem ideia nenhuma de fazer seja o que for em prol do eleitor pode prometer tudo. Os asnos e os ingénuos costumam acreditar e votar nesses e depois lamentarem-se.

Por outro lado é preciso cuidado na interpretação das palavras deste artigo. Os administradores autárquicos têm uma grande capacidade para aceitar cunhas e resolver grandes problemas. Se quem lhe prometeu um emprego através da autarquia ou resolver um qualquer problema estiver na situação descrita como má, não hesite: vote nele! Aquele seu problema provavelmente ficará resolvido. Em contrapartida, você continuará a ser um explorado e humilhado por indivíduos que têm uma formação tão sólida que são capazes de pensar que têm direito a andar num carro acima do Clio. Provavelmente porque acreditam que vivem num democracia em que uns são mais democratas que outros e isso lhes confere o direito a viverem à custa dos outros com carro de luxo e lugar privativo para estacionamento em local público absolutamente gratuito.

Tem menos de um ano para pensar, escolher e decidir. E se pensa que pode fazer melhor e de modo menos interesseiro que os candidatos escolhidos pelos partidos (por que razão os partidos escolherão candidatos de tão má qualidade?), então candidate-se. É um direito que lhe assiste. Para que não se veja na situação dos americanos que vão ter que decidir quem é o menos mau, Clinton ou Trump, decisão difícil porque são ambos péssimos.