Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

nivelar-por-cima

As pessoas são melhores se descobrirmos o que nelas há de melhor. A sociedade torne-se melhor se as pessoas forem niveladas por cima.

nivelar-por-cima

As pessoas são melhores se descobrirmos o que nelas há de melhor. A sociedade torne-se melhor se as pessoas forem niveladas por cima.

A falta da palmada é pior que a invasão dos emigrantes Europa

lei_palmada.jpg

Num grupo de crianças, cuja orientação religiosa me fora confiada, a minha relação com elas e com as suas famílias era excelente. Tinham entre 10 e 12 anos e eu tanto as beijava - saudando-as, ou na missa, no abraço da paz, por exemplo - como dava alguma palmada, geralmente algum 'calduço' na nuca.

Enfim, eu tratava aquelas crianças como se fossem meus filhos e minhas filhas e os seus verdadeiros pais e mães tinham disso consciência.

Recordo um encontro em que o Nuno e o Pedro estavam especialmente impacientes e desestabilizadores do grupo. Tive que recorrer ao 'calduço', como eu lhe chamava. Primeiro o Nuno. Ia a mão no ar e vai o miúdo:

- Ó Orlando! Eu gosto tanto de ti.

Fiquei desarmado.

Afinal, eram todas crianças educadas e ternas. O Pedro cresceu e hoje é meu genro. O Nuno, acho que vai arquitectando na Suíça.

 

Hoje a Europa é uma perfeita Babilónia no século XXI. O que não significa o mesmo que um porto de mar onde marinheiros, viajantes de negócios, turistas e emigrantes aportam, visitam e partem. À Europa chegam gentes de todas as partes do mundo. Em todos os países do mundo se instala e cresce uma crise que tem tanto de financeira como de social, de justiça ou governação. Gentes de todo o mundo fogem à desgraça a que não poderão fugir nos seus países, fogem a ditaduras, à tortura, à guerra, à perseguição, à xenofobia, à corrupção e ganância dos que se fazem a si mesmos governantes, embora apenas selam reles ladrões, à perseguição religiosa, ao genocídio.

A Europa, tão maldita por tantos, em especial os fanáticos de algumas religiões, é, de facto, o melhor que há no mundo. Cá confluem povos de toda a terra. Aqui encontram a tranquilidade e a felicidade que lhes é sonegada nos seus países. A Europa é mesmo boa, no século XXI, para povos de toda a Terra.

Ou porque cumpre os preceitos bíblicos, já desde o Antigo Testamento, em relação ao acolhimento ou porque esta é uma forma de encontrar mão-de-obra barata, A Europa continua de portas escancaradas.

Aproveitando a boa vontade dos povos europeus, muitos agentes da guerra e da desgraça malditas que existem nos países de origem destes migrantes, misturam-se, entram na Europa, e fazem campanha contra a Europa.

Os europeus, vão vivendo como os romanos em final de Império: gozam e não querem ter trabalho, nem sequer o de cuidar e alimentar filhos. Os recém-chegados, pelo contrário, vão fazendo cada vez mais filhos. E estão em vias de se superiorizar, em número, aos europeus, na Europa. Muitos auguram o fim da civilização. Talvez tenham razão. Ele pode chegar por esta ou por outra razão.

 

Voltemos ao princípio, o da palmada, que é a outra razão premente pela qual a civilização pode acabar rapidamente. Alguém, dentro da Europa, promove uma filosofia e consegue passá-la a lei, que promove a transformação das crianças europeias em animais selvagens sem princípios éticos ou estéticos, sem respeito, sem altruísmo, sem amor. Uns pequenos umbigos com pernas.

Ao legislar contra a possibilidade de os pais educarem, de darem a palmada ou o que for, inventando que isso é 'violência', algumas pessoas destroem a possibilidade de as crianças poderem crescer pessoas bondosas e generosas, europeus e cristãos.

 

Mais que o aumento de forasteiros a fixarem residência na Europa, que dirigentes religiosos fanáticos, é a ausência de novos europeus com identidade europeia e humana que destrói e aniquila a Europa. Os forasteiros são humanos, à partida, não obstante os criminosos de raiz religiosa e cultural que possam existir entre eles. Os europeus que começam a preencher os lugares europeus, as crianças que estão a passar a jovens e a adultos maduros não passam em grande parte dos casos de insidiosas feras da selva a quem é impossível negar qualquer desejo, sob risco de eles chorarem, fazerem birra e os pais passarem a vergonha social e inclusivamente a prisão por darem, ou ameaçarem, a tal palmada.

 

É o que estamos a construir.

 

Orlando de Carvalho

Imagem retirada do sítio: http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/luiz-tarquinio/5168-a-biblia-e-a-palmada

Morrer como Camões?

camoes 6.jpg

 

A triste situação a que governantes incompetentes (e corruptos?) (ou traidores à cultura portuguesa, à nação?) conduziram este país.

Um grupo de analfabetos lembrou-se de inventar uma língua nova, a que chamaram AO90. Como além de analfabetos têm um forte espírito ditatorial e anti-democrático, tentam impor pela força essa língua anacrónica, que por sua vontade seria extensiva a todo o Império Português. Pouco inteligentes e pouco actualizados, esqueceram-se que já não existe Império Português e que as Colónias ou Portugal Ultramarino, conforme as sensibilidades, já são nações independentes. E não permitem que esses iluminados pela estupidez lhes ponham a pata em cima. Nem a pata, nem o AO90.

 

Distribuo umas folhas às crianças com um texto que redigi. Uma delas interpela-me:

- Catequista, está aqui um erro. No meio da palavra BATISMO está aqui uma letra a mais, um 'p' ou um 'q', não percebo.

E que pode a vítima adulta (eu) responder? Que o professor na escola ensina mal? Explicar a uma criança o processo AO?

Ou chorar?

 

Meditar as palavras de Camões, citadas em 1860:

Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela.

 

É esta a opção que resta aos portugueses? Eles já destruíram a nossa Pátria. Esta criança deu disso testemunho.

 

O soneto não é um convite ao conformismo, mas um grito de mágoa pela mudança que não é verdadeira e que encaminha para um mal maior.

 

MUDAM-SE OS TEMPOS (Luís de Camões)

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.