Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

nivelar-por-cima

As pessoas são melhores se descobrirmos o que nelas há de melhor. A sociedade torne-se melhor se as pessoas forem niveladas por cima.

nivelar-por-cima

As pessoas são melhores se descobrirmos o que nelas há de melhor. A sociedade torne-se melhor se as pessoas forem niveladas por cima.

Porcaria de governação

Mais uma vez a comunicação social recorda novas leis e, com a habitual infantilidade de quem não faz ideia daquilo sobre que fala, mas ciente de que é conveniente dar algum sensacionalismo à notícia, para vender mais.

Hoje leio, por exemplo, no Económico que "As gasolineiras têm três meses para venderem combustíveis simples". O título está errado porque o jornalista queria escrever que têm três meses para ter à venda combustíveis simples e não que têm três meses para vender todo os combustíveis simples em armazém. Damos de barato este erro.

Ontem, toda a comunicação social falava da entrada em vigor da proibição da entrada em Lisboa de carros anteriores ao ano 2000, com não sei quantas excepções.

A primeira notícia significa que os postos de abastecimento de combustível para automóveis passam a ser obrigados a vender combustíveis sem aditivos porque são mais baratos e isto favorece os consumidores. Atenção: podemos escrever e dizer combustíveis de baixo custo ou combustíveis mais baratos e não precisamos de usar a expressão inglesa low cost. A língua portuguesa não é assim tão pobre que não nos dê meios suficientes para dizer uma coisa tão simples. Ora, a diferença entre estas duas qualidades de combustíveis reside no facto de os mais caros estarem adicionados com produtos químicos que reduzem a emissão de gases poluentes, além de obterem maior rendimento do motor. Ao usar os combustíveis de baixo custo, estamos de facto a poluir mais o ambiente. 

A segunda notícia, a de ontem, referia que os carros que poluem mais, supostamente, por serem anteriores ao ano 2000 não podem entrar no centro de Lisboa.

Afinal, uma lei para poluir mais e outra para poluir menos? Que porcaria de governação.

 

Orlando de Carvalho 

Qui est-ce Charlie? (3)

Acredito que cristãos e fiéis de outras religiões podem e poderão viver em paz.

Perante o que vai acontecendo, sou levado a questionar:

- E se os europeus assumissem uma atitude despótica como outros fazem e tentassem impor e exigissem que na Europa todas as pessoas fossem obrigadas a ajoelhar perante um Cruzeiro, onde quer que se parassem com ele?

Ajoelhar ao Cruzeiro estará para os cristãos como a abstinência de certos alimentos e bebidas para pessoas de outras culturas. Mais, Cruzeiro versus abstinência? Haverá maior desproporção de símbolos?

Não aceito que seja imposto a não cristãos que ajoelhem à Cruz, mas não deverão os não cristãos ser capazes da mesma tolerância ou misericórdia?

 

Orlando de Carvalho

Qui est-ce Charlie? (2)

Há uns anos, a maçonaria empreendeu uma guerra contra a Igreja, os cristãos em geral, visando porém qualquer religião. Assistimos ao triste espectáculo da destruição dos registos históricos e culturais pela Revolução Francesa, pelos arruaceiros de Napoleão por toda a Europa, pelos sucessivos governos de Portugal desde meados do século XIX.

Já no século XX, foram sendo eliminados das escolas os símbolos da Fé da quase generalidade dos portugueses. O mesmo se passava na Europa. Infelizmente também nas Américas, onde a Maçonaria estendia o seu domínio ditatorial, não referendado pelas eleições, porque nunca tiveram a ousadia de se apresentar como eram, disfarçando-se de partidos democratas e respeitadores da liberdade religiosa.

Grupos de cidadãos começaram a empreender Cruzadas contra a Cruz e outros símbolos religiosos por se sentirem ofendidos pela sua simples presença. As cruzes, depois de eliminadas das escolas e proibidas nos hospitais, começam a incomodar quando são apenas registo histórico e cultural, como os cruzeiros que se encontram ao longo dos caminhos e nos cruzamentos das estradas. Estes cidadãos exigiam, e exigem, a eliminação de símbolos religiosos, e da Cruz em especial, de todos os lugares onde são mais necessários: as escolas e os hospitais, mas de todos os lugares, como objectivo da Cruzada deles. Por vezes, parece que as gentes, os povos, as pessoas todas, não serão capazes de enfrentar o ataque destes cidadãos. Agora que a Europa enfrenta novos desafios, estes cidadãos mostram não ser mais que cobardes incapazes de ser consequentes. Queriam eliminar Cristo da Europa. À medida que Cristo vai saindo da Europa, a violência instala-se. É a consequência lógica. Eliminado o Amor, resta o ódio e a guerra.

Acredito e sei que no fim o Amor vencerá, mas teremos mesmo de sofrer tanto até lá, por causa de uns maçónicos mais frustrados que intelectuais?

 

Orlando de Carvalho

Qui est-ce Charlie? (1)

Fui ensinado de pequeno que se deve ajoelhar à Cruz. Não me foi imposto que o fizesse. Foi assim que aprendi e é assim que faço.

E é assim que tenho procedido, como fui ensinado: ensino que se deve ajoelhar à Cruz, mas não imponho.

Ensino principalmente que nos devemos esforçar por sermos boas pessoas. Isto ensino como imposição, de modo especial a todos que de alguma forma dependem de mim.

Não exijo a ninguém que se ajoelhe à Cruz.

Não aceito que o meu bispo ou o meu governo criminalizem o não ajoelhar à Cruz. Combaterei contra quem tentar dentro da Igreja instaurar um método de agressão violenta contra os que mostrarem indiferença, desprezo ou oposição à Igreja e aos seus ensinamentos, sejam arruaceiros ou intelectuais, charlie, protestantes, muçulmanos ou quaisquer outros.

Neste dar espaço a Deus para agir e mostrar que é Deus, nós cristãos nos distinguimos. É-nos imposto pela Fé, é-nos imposto por Deus. Nós já descobrimos essa mensagem de misericórdia do Infinitamente Bom.

Queira Deus que sejamos capazes de Lhe ser fiéis e que os outros descubram também esta Verdade eterna.

 

Orlando de Carvalho